sábado, 13 de abril de 2013

RESPIROS

Abria e fechava o caderno como se as palavras não fossem lhe faltar, assim como abria e fechava o coração como se a dobradiça não fosse se quebrar.Quando ardia em pesadelos sonhados na tarde chuvosa de Abril não se atormentava mais pois o mais não conseguia lhe mostrar... e tudo virava céu no amanhã.
Esperava no relógio as voltas completas para a certeza de um alguém que não dizia, que não sonhava e não queria nem ao menos ver o sol. Tudo se perdia naquela tarde sem cor, sem azul sem amor pois no hoje não há palavras belas nem olhar perdido pelos cantos recolhendo o que sobrou do seu.
A cada passo uma espera, uma angústia que não sai do lugar. Dorme pra esquecer menina, mas não vá sonhar.
Revirando coisas, buscando caminhos, pedindo sossego gira gira e gira como um pião, cai de lado e se recolhe do chão.
Olha menina, nada é assim tão belo, tão certo ou tão errado. Apenas pense que...
nada disso a espera.