quinta-feira, 29 de novembro de 2012

TUDO EM NÓS

" ERA UMA VEZ o Sol, sempre belo e radiante causando suspiros e sorrisos pelos cantos das bocas felizes. Todas as manhãs uma legião esperava-o para celebrar o início, sentavam-se aos seus pés e ali ficavam para contemplá-lo ao longo do dia.
Sentados, imóveis, pensativos, olhos abertos e fechados conforme o som do coração...mais nada importava ali a não ser o momento.
Certo dia um garoto sem modos, correu para aliviar-se de seus pesares e sentou-se também aos pés do Supremo, a fim de respostas. de tanto inspirar e suspirar, atreveu-se a rabiscar o Fulano que emanava tanta luz. Não só atreveu-se a rabiscá-lo como mostrou o desenho aos demais colegas de memórias. logo eram muitos ao seu redor, clamando e sorrindo como se fosse o centro de tudo pois a beleza dos traços encantava á majestades. E o Sol, cabisbaixo e ciumento rasgou o céu em chuva, raios partiram sonhos e água manchou as folhas ao vento borrando-lhes as belas coisas vividas. De um vento vendaval Rei Sol pôs-se a gritar em estrondosa força que levava os cabelos ás nuvens e os sorrisos ás lágrimas: COMO OUSA VOCÊ , UM VOCÊ TÃO MIÚDO ROUBAR-ME A GRAÇA E DIZÊ-LA ASSIM SUA SENDO ?
e deixando o papel cair sobre a grama quente e úmida pisada de pés macios e gordinhos, o pequeno miúdo rabiscador soltou em pétalas de choro as tristes palavras : SÓ QUERIA PODER SABER COMO ERA BRILHAR, PEGANDO ASSIM O BRILHO TEU EM MEU CORAÇÃO E MOSTRANDO QUE O BELO NÃO PRECISA TER FORMA PARA SER SINCERO..."



segunda-feira, 8 de outubro de 2012

QUERO SER PRINCESA...


OLHOS DE LÉO

caneta esferográfica sobre cartão (18X24 cm)

                                                

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

O ÚLTIMO FAUNO

GANESH / EXPURGOS

DÉBORA / BRUNA

SERES DE LUZ / TRANSIÇÃO

NOS JARDINS DE MARIBEL

Tem jujuba linear,
Pão de queijo, marmelo branco,

Cisne rosa pra chupá.

Lá tem coisa do avesso que faz você se engasgá.

Tem botão de uva roxa, colher de pau–a-pique, tem geléia de mamona da cerca do seu Caíque.

Nos jardins de Maribel

Dá romã, pé-de-moleque,

Dá rúcula bem vistosa, tem tumate, tem bora-bora,

dá trocinho de cogumelo pra você se elucidá.

Tem coentro laranja-cor-de-abacate, tem fiapo de rubão.

Tem docinho de butija, tem coelho e tem juá.

Nos jardins de Maribel tem procê se esbanjá

Nos iorgute, nos tempero da frô do maracujá.

Só um real você se come até se impanturrá.

Mas é culpa sua a caganêra se com leite ocê misturá.

SEIS HORAS

A cortina cerrada, a janela entreaberta esperando a sombra com os olhos fixos no reflexo perdido da passagem do menino de mel.
Segundos mais que sagrados que contam minutos sem saber da paisagem já contam histórias perdidas na névoa do sol que vem pra raiar.
Nas ruas tão cheias e vazias de si, menino tranqüilo que pensa na vida escolhe outra esquina pra se encaminhar.
Hoje o mel não escorre, menino não passa, janela se fecha, cortina não voa, menina alegre se põe a chorar.
A tarde tão linda esgota no tempo, a lembrança dos olhos não viria por hoje e a janela fechada não quer o luar.

É isso que você me traz.
Não consigo ser quando você está.

Não abro os olhos, não pinto detalhes, não escapo entre os dedos nem rabisco meus sonhos transfigurados em dor.

Não anseio figuras, não crio conversas, não espanto os mosquitos, não cutuco rasgões nos meus dedos de flor.

Não imagino mais casas, não nado na chuva, não abro casacos, não mudo de cor.

Não espero respostas, não encontro mais rosas, não fujo do vento, não choro aos moinhos nem esqueço o pavor.

Não pulo as calçadas, não quebro as vidraças, não leio os postes, não sinto o calor.

Não perco o meu lápis, não chego atrasada, não ligo a TV, não guardo rancor.

Não vejo as estrelas, não seco as roupas, não escuto a sirene, não tenho porquês, não simulo a vida...

mas tenho o mundo quando vejo você que me enche de amor

PHAN´T

Vêm os abraços
Vêm os olhares

Vêm os sorrisos

Vêm as lembranças

Que trazem imagens

Que vem com sentidos

Que acompanham tristezas

Que se unem a alegrias

Que chamam as lágrimas

Que trazem decisões

Que esquecem as dores

Que enfeitiçam os cabelos

Que se enroscam nos sonhos

Que vem com tudo de uma vez.

Trazendo angústias

Levando mágoas

Que criam dores

Que revivem lembranças

Que pedem abraços

Que trazem amor

Que não traz nada...

HOJE

Hoje não vou viver, vou definhar.
Hoje não quero a luz, vou apagar.

Hoje o mundo é roxo, não me importa a sua cor.

Não quero a sua fala no pé do meu ouvido.

Não quero lençóis, não quero toalhas

Não vejo a chuva

Não desejo seus olhos secos no meu vestido amassado.

Hoje não quero, hoje não sou.

Não tenho a certeza.

Não quero o som do vento, do sorriso e da gargalhada.

Não fico nas pontas dos pés, não anseio lugares e não crio esperanças nas palavras que usou.

Não fecho as portas, não me prendo a detalhes, não espirro na rua e não conto

Histórias que o tempo montou.

Hoje não pulo a sacada, não vejo novela, não peço licença, não sei quem eu sou.

Despeço-me do vento, do sorriso, das portas, da luz, das palavras, dos lençóis, do vestido, dos olhos e da cor.

Hoje não, sem você.

Amanhã sim, tudo isso. Mas apenas se você me disser: o mundo é roxo.



quinta-feira, 13 de setembro de 2012

VeNtAnEiOs

"Todo mundo se esconde em alguma forma de amor"
" Deixa eu me pintar em fantasia "

sexta-feira, 16 de março de 2012

A FUGA

Saia já
de minhas órbitas, de meus deslizes, seus enganos...
desapareça de meus sorrisos e suma com minhas lembranças.

Olhar perigoso, culpado de tudo
aqui tem uma boca pronta pra te beijar.

Deixe as nuvens passarem e quando o sol nos sorrir
dê-me a mão para juntos cantarmos
a nota perdida entre as marés e os beijos teus.

Despede do hoje e fuja em breve
vá para longe de seus moralismos
e me encontre debaixo das asas do amanhã.

Leve torradas e puro leite
pois de ressaca só me acabo no mar...

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A MENINA QUE NÃO QUER SENTIR

Tão calada. reservada. estática-imersa-em-pensamentos-confusos.
Essa é a menina alvo.
O que faço com ela agora? Tentei de tudo mas ela não sorri, não me olha nem me ignora. Apenas me vê, assim...assim. Como quem não quer nada, chega de solavanco arrancando minhas vértices e jogandó-as ao céu. E corre, corre muito até onde não posso mais encontrar. Depois some na tempestade e reaparece totalmente-absurdamente-linda, com seu sorriso que me leva ao fundo de um abismo doce e ingenuamente belo.
Não sei. È bem provável... sim, sim, eu a quero. Quero poder saber quem sou também, pois sempre que a descubro tenho certeza de que não sei nada de mim. Perco-me em seus cabelos e em seus passos leves. Sua voz rouca. Seu olhar-que-não-me-vê.
Gosto assim, de longe, chorando um amor que não existe, esperando palavras que nunca vou escutar e deslumbrando um sorriso que não é pra mim. Essa é você. Sempre você.
Eu assim gostaria de ser: Você. Para, por um raro minuto enxergar minha esperança e dizer que estou aqui enfim. " VEJO VOCÊ". Apenas...é o necessário.
Aos poucos vou me deixando e vivendo você. Sendo você. Passos, caretas e desleixos... boca rosada e olhar perdido. Perde-se por mim !!! Oh deus o que sou agora? mero covarde ? onde estão as razões que antes me cegavam, pra onde foram todos os meus caminhos cravados a unha, lágrimas e coca-cola...
Perdoe-me futuro pois renego você. O agora ganhou e dele não saio mais. Não consigo pois algo me prende, sufoca, esfola meu coração pulsante como se fosse o último carinho.
E o agora faz de mim isso que se vê: absurdo.
Some, preciso de não te ver, não sentir seu perfume na brisa da chuva em todas as madrugadas paradas. Não saber o que pensar e não sorrir a esmo vendo sua face em todas as esquinas e tijolos quebrados. Não ver graça em nuvens e não me assustar com mariposas passando de um pensamento a outro, interligando ares e pesares.
Preciso disso, disso tudo...e de você.
O que resta a vir é a inconstância, tornando você a menina que não quer sentir e eu, alguém que não quer chorar.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Como é que pode o vento rodando ao contrário, trazendo areia pra me cegar os olhos... até dói quando tento enxergar a verdade aparecendo... vai, vai embora e me deixa aqui com minhas mentiras que me fazem tão bem...

sábado, 7 de janeiro de 2012