quinta-feira, 25 de junho de 2009

[DES]CONSTRUÇÃO

Olhe para além das flores, lá onde você sente que algo vai te pegar. Não feche os olhos, não fuja, não grite tão alto quando nem mesmo você consegue agüentar. Sente que é agora, mas dissimula para ganhar tempo [ou mais coragem]. Por isso chora e ao mesmo tempo sorri, mesmo que um falso sorriso amarelo e amargo, buscando esquecer a tristeza...ou a alegria. Quando o chão é mais visado do que as nuvens e no rosto já não cantam mais poesias, uma luz que existia agora se despede enquanto a sombra passa a guiá-la pelo doloroso caminho.Tudo agora perde a cor, o salgado supera o doce e a angústia molda um sentimento que luta contra a maré. Vazio e calado como o próprio medo de sê-lo e vivê-lo. Tão de perto existe, persiste e insiste em uma bolha viciosa. Sem mais demoras, se o furacão chegasse, eu partiria feliz? Fujo de mim mesmo com medo de me encontrar, depender e aceitar...sempre aceitar.

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