quinta-feira, 25 de junho de 2009

FRATURANDO O MOMENTO

Vem, escreve em mim as tuas poesias. Desenha em minha alma esses seus sonhos omissos e tão desfigurados. Crava em minha vida uma história bem absurda, esconde nos meus lábios o gosto de tua boca. Dança, gira e canta que eu te guio pelos caminhos imperfeitos. Pinta o seu olhar sereno no meu céu de nuvens turvas, para que assim meus pesadelos sumam entre as cartas do anteontem. Afogue-me em palavras sem sentido e no perfume de seus cabelos. Seja a minha loucura, viva o meu tormento. Olhe além de mim, para o “eu” você, descura um “nós” pendente nas pontas dos pés. Sinta o meu ar na sua saliva, o seu gosto nos meus pulmões e o desejo nos olhares. Quanto menos você sabe, mais martela o pensamento de querer-te. Tudo em mim é você, e tudo em você são outras coisas. Talvez nem existam, assim como eu para você. Mas quando você acordar vem, e escreve em mim as tuas poesias, mesmo assim...

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