sexta-feira, 14 de setembro de 2012

É isso que você me traz.
Não consigo ser quando você está.

Não abro os olhos, não pinto detalhes, não escapo entre os dedos nem rabisco meus sonhos transfigurados em dor.

Não anseio figuras, não crio conversas, não espanto os mosquitos, não cutuco rasgões nos meus dedos de flor.

Não imagino mais casas, não nado na chuva, não abro casacos, não mudo de cor.

Não espero respostas, não encontro mais rosas, não fujo do vento, não choro aos moinhos nem esqueço o pavor.

Não pulo as calçadas, não quebro as vidraças, não leio os postes, não sinto o calor.

Não perco o meu lápis, não chego atrasada, não ligo a TV, não guardo rancor.

Não vejo as estrelas, não seco as roupas, não escuto a sirene, não tenho porquês, não simulo a vida...

mas tenho o mundo quando vejo você que me enche de amor

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