Hoje não vou viver, vou definhar.
Hoje não quero a luz, vou apagar.
Hoje o mundo é roxo, não me importa a sua cor.
Não quero a sua fala no pé do meu ouvido.
Não quero lençóis, não quero toalhas
Não vejo a chuva
Não desejo seus olhos secos no meu vestido amassado.
Hoje não quero, hoje não sou.
Não tenho a certeza.
Não quero o som do vento, do sorriso e da gargalhada.
Não fico nas pontas dos pés, não anseio lugares e não crio esperanças nas palavras que usou.
Não fecho as portas, não me prendo a detalhes, não espirro na rua e não conto
Histórias que o tempo montou.
Hoje não pulo a sacada, não vejo novela, não peço licença, não sei quem eu sou.
Despeço-me do vento, do sorriso, das portas, da luz, das palavras, dos lençóis, do vestido, dos olhos e da cor.
Hoje não, sem você.
Amanhã sim, tudo isso. Mas apenas se você me disser: o mundo é roxo.
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